The Libertine
Observar as pessoas é algo realmente decepcionante, a forma que julgam, a forma que agem, a forma que se contem ou como são capazes de fazer certas coisas, todas essas normas sociais nos deixam por tempos tão confusos que somos obrigados – e todo mundo faz isso um dia na vida – a parar e refletir em como queremos morrer.
Ah sim! A morte! Palavra deveras assustadora, o ser humano tem por tradição viver como se nunca fosse morrer e morrer como se nunca tivesse vivido.
Foi exatamente isso que pensei com esse filme, pensei sobre a minha morte. Convido-os a vê-lo e refletir comigo.
Ah sim! A morte! Palavra deveras assustadora, o ser humano tem por tradição viver como se nunca fosse morrer e morrer como se nunca tivesse vivido.
Foi exatamente isso que pensei com esse filme, pensei sobre a minha morte. Convido-os a vê-lo e refletir comigo.
O Libertino conta a vida de John Wilmot, conhecido como conde de Rochester. Ateu poeta, alcoólatra, casado e detentor de muitas amantes. Amado, odiado, invejado, exaltado e humilhado, tantas reações a uma pessoa só, parece até mentira.
Viveu desregradamente, cheirando a álcool e sexo, libertino, sedutor, honesto. Não agia de forma a agradar as pessoas, nem ao seu amigo: o rei. Vivia somente, via a malícia até naqueles que a escondia em seu pudor. Criticou sem pensar nas conseqüências, aliás, fez muitas coisas sem parar para pensar nisso, e isso foi o seu pesar.
Vocês sabem, não são todas as verdades que são para todos os ouvidos, mas ele, ele não ligava para isso.
Sua historia faz refletir sobre o que é vida, o que é viver, o que é pleno. Seria aproveitar tudo que nos é oferecido deliberadamente? Ou seria mais certo controlar nossos impulsos e garantir a velhice? Então temos uma encruzilhada, viver muito e morrer como um santinho que seguiu as regras ou viver pouco, porém viver?
Não, não são só essas perguntas que pairam na minha mente agora, madrugada adentro me pego pensando o que é viver realmente? É só aproveitar os prazeres do corpo, da carne, dos sentidos palpáveis ou viver seria sentir o que é inexplicável?
John Wilmot conheceu como ninguém os prazeres que nos provocam os sentidos, ele seguiu seus impulsos e provou suas dores, mas um dia ele conhece aquele sentimento que por respeito as minhas convicções eu não o denomino e disse a Lizzie que nunca a perdoaria por tê-lo feito gostar da vida.
Talvez a vida seja apenas o misto de prazer e dor, algumas dores trazem prazer e na hora que sentimos prazer nossas feições faciais se assemelham as feições tomadas na dor. É triste pensar dessa forma, que não há verdadeiramente uma felicidade plena, a vida – como me disse meu menininho certa vez – é um paradoxo, um misto de duas faces totalmente opostas, e quem sabe a nossa vida seja somente encontrar o equilíbrio.
John nem se deu ao trabalho de procurá-lo, mas como o próprio diz “Toda experiência tem seu preço”, cabe a cada um de nós decidirmos o preço que queremos pagar, cabe a cada um decidir se realmente quer tentar atingir o equilíbrio, e se não quiser, decidir para que lado irá pender: Yin ou Yang.
A tão sonhada felicidade parece apenas mensão de tolos, pois se a vida é composta por tais paradoxos é impossível sentir a alegria sem a tristeza, impossível sentir-se completo sem antes sentir o vazio, e vice-e-versa. John pode ter nunca sido feliz em seus extremos, mas quem aqui já foi feliz?
Chego assim em uma humilde conclusão: só sofrem aqueles que buscam ou sonham com a felicidade, pois quem não a procura não se desilude e o que é o sofrimento senão a desilusão de não ver suas vontades concretizadas?
Viveu desregradamente, cheirando a álcool e sexo, libertino, sedutor, honesto. Não agia de forma a agradar as pessoas, nem ao seu amigo: o rei. Vivia somente, via a malícia até naqueles que a escondia em seu pudor. Criticou sem pensar nas conseqüências, aliás, fez muitas coisas sem parar para pensar nisso, e isso foi o seu pesar.
Vocês sabem, não são todas as verdades que são para todos os ouvidos, mas ele, ele não ligava para isso.
Sua historia faz refletir sobre o que é vida, o que é viver, o que é pleno. Seria aproveitar tudo que nos é oferecido deliberadamente? Ou seria mais certo controlar nossos impulsos e garantir a velhice? Então temos uma encruzilhada, viver muito e morrer como um santinho que seguiu as regras ou viver pouco, porém viver?
Não, não são só essas perguntas que pairam na minha mente agora, madrugada adentro me pego pensando o que é viver realmente? É só aproveitar os prazeres do corpo, da carne, dos sentidos palpáveis ou viver seria sentir o que é inexplicável?
John Wilmot conheceu como ninguém os prazeres que nos provocam os sentidos, ele seguiu seus impulsos e provou suas dores, mas um dia ele conhece aquele sentimento que por respeito as minhas convicções eu não o denomino e disse a Lizzie que nunca a perdoaria por tê-lo feito gostar da vida.
Talvez a vida seja apenas o misto de prazer e dor, algumas dores trazem prazer e na hora que sentimos prazer nossas feições faciais se assemelham as feições tomadas na dor. É triste pensar dessa forma, que não há verdadeiramente uma felicidade plena, a vida – como me disse meu menininho certa vez – é um paradoxo, um misto de duas faces totalmente opostas, e quem sabe a nossa vida seja somente encontrar o equilíbrio.
John nem se deu ao trabalho de procurá-lo, mas como o próprio diz “Toda experiência tem seu preço”, cabe a cada um de nós decidirmos o preço que queremos pagar, cabe a cada um decidir se realmente quer tentar atingir o equilíbrio, e se não quiser, decidir para que lado irá pender: Yin ou Yang.
A tão sonhada felicidade parece apenas mensão de tolos, pois se a vida é composta por tais paradoxos é impossível sentir a alegria sem a tristeza, impossível sentir-se completo sem antes sentir o vazio, e vice-e-versa. John pode ter nunca sido feliz em seus extremos, mas quem aqui já foi feliz?
Chego assim em uma humilde conclusão: só sofrem aqueles que buscam ou sonham com a felicidade, pois quem não a procura não se desilude e o que é o sofrimento senão a desilusão de não ver suas vontades concretizadas?
"Serei um cão, um macaco ou um urso,
Tudo menos aquele animal vaidoso
Que se vangloria tanto de ser racional."
(John Wilmot)
5 comentários:
Foda! Foda! Foda! Foda! *_*
Tapa na cara dos conservadores. Ahauhuahua ;D
Ei! Foi eu quem te falei isso do equilíbrio. ;D /Lero
e eu citei vc. Ou vc nao sabe que vc É o MEU menininho? hsuahsuha
Muito reflectivo
Faz pensar sobre a verdadeira razão da vida
E pela qual algumas pessoas desejam o fim dela
E que mesmo que você busque sua felicidade a vida toda
Só por estar procurando e nunca achar já se torna infeliz
Acho que o sentido da vida é procurar o sentido da vida! Buscar algum equilíbrio, afinal tudo que a gente faz de bom ou ruim acaba sempre na mesma coisa, a morte. Uma vez um amigo me falou que quando sonhava ouviu: "Sabe qual é a sensação da morte? É como acordar de um longo sonho..." Ou seja, a morte é o sentido da vida, viva até morrer, e morra até viver! ;D
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