Tim Burton's Alice - Crítica

Novo 'Alice' não faz jus à obra de Carroll nem de Burton.


Por Carla Navarrete, da Redação Yahoo! Brasil


"Mais de um mês e meio após ter estreado nos Estados Unidos, finalmente chega ao Brasil um dos longas mais aguardados dos últimos tempos. A partir desta sexta-feira (23), entra em cartaz nos cinemas de todo país a versão de Tim Burton para "Alice no País das Maravilhas", em cópias 3D, Imax e 35mm."
Finalmente!


"Tamanha demora teve lá sua explicação: a Disney decidiu pelo adiamento no país para que a produção não competisse com o arrasa-quarteirão "Avatar" na disputa pelo público das salas 3D. Ainda assim, uma estreia logo no início de abril teria sido mais do que suficiente para impedir um embate com o longa de James Cameron. E evitado que muita gente perdesse o interesse pelo filme - o que com certeza aconteceu por aqui."


Realmente, por aqui não adiantou...

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Quando há pouco mais de dois anos surgiu o anúncio de que Tim Burton filmaria "Alice no País das Maravilhas", a impressão geral foi de que não havia diretor mais perfeito para recontar a clássica história infantil. O projeto ficou ainda mais forte com o anúncio de que Johnny Depp, seu fiel parceiro de filmes, faria o papel do Chapeleiro Maluco."

A primeira comunidade do Orkut sobre o filme é de 26 de outubro de 2006.

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O resultado, porém, pode ser um tanto quanto decepcionante para quem é fã da obra de Burton, apesar da boa resposta do público nas bilheterias internacionais. Mesmo com todo o virtuosismo do diretor, e sua própria visão do universo fantástico de Lewis Carroll, a trama em si deixa um pouco a desejar.

Para fugir do lugar-comum, Burton optou por não seguir ao pé da letra a história original. Assim, mescla personagens dos dois livros de Carroll, "Alice no País das Maravilhas e "Alice Através do Espelho" em um filme só. Já a sua Alice (vivida por Mia Wasikowska) deixou a infância faz tempo."

Tudo bem, ainda não vi o filme (pré-estréia amanhã à meia noite), e pode ser que eu concorde com ela, mas, é claro que Burton não seguiu ao pé da letra a história original, o filme se passa anos após a primeira história!

"Aos 19 anos, a protagonista está prestes a ser pedida em casamento pelo insosso Hamish (Leo Bill), em um acordo de conveniência. Do País das Maravilhas, também conhecido como Mundo Subterrâneo, só restaram algumas lembranças que a jovem acredita não passarem de sonhos.
Ao avistar um coelho no jardim, Alice o segue até uma toca, em uma sequência deveras familiar. A partir daí, é tudo mais ou menos igual ao original: a garota encontra uma porta e uma chave para abri-la, bebe uma poção e encolhe, depois come um bolo e cresce, até que finalmente consegue adentrar o Mundo Subterrâneo.
Lá, Alice reencontra alguns amigos do passado, como o Coelho Branco, o Gato Risonho e os gêmeos Tweedledee e Tweedledum. No entanto, ninguém tem certeza se trata-se da mesma jovem que visitou o lugar anos atrás. O Chapeleiro Maluco (Deep) é o único a reconhecê-la de verdade."

Jhonny Depp (suspira). Não me conformo com a escolha da atriz que faz o papel de Alice. Mas não vou apontar favoritas.

"Alice, então, descobre que é a apontada como a única capaz de derrotar o terrível monstro Jaguadarte e destronar a malvada Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter), que deixou o Mundo Subterrâneo sob trevas. Para isso, contará com a ajuda de toda a turma, incluindo a gentil Rainha Branca (Anne Hathaway).
Daí em diante, o longa vira mais do mesmo e se transforma em mais uma aventura infanto-juvenil épica como tantas outras, deixando de fazer jus tanto à obra de Carroll quanto à de Burton. No final, acabou ficando mais com a cara do estúdio que o produziu (no caso, a Disney), do que com a do diretor."

Sim, isto cheira a Disney... Gostaria que fosse menos infanto-juvenil.

"Ainda assim, tem seus pontos positivos, como a produção técnica impecável, cujos cenários são um deleite para os olhos do espectador. A tecnologia 3D, porém, neste caso não faz tanta diferença como em "Avatar", que sem ela perde totalmente a graça.
O diretor também acertou ao convidar a mulher Helena Bonham Carter para o papel da histérica Rainha Vermelha - ela está perfeita no papel. Já Depp dá uma outra dimensão ao Chapeleiro Maluco, aqui mostrado como um ser torturado que intercala momentos de sanidade com outros de loucura."

Eu não faço questão de assistir em 3D, ainda mais no preço que está... Helena "nasceu" para fazer personagens como a Rainha de Copas. A cada filme ela me surpreende.
Nem vou comentar sobre o Jhonny (suspira).

"Para o bem ou para o mal, este é o tipo de filme que deve ser visto para que se tire as próprias conclusões. Não é a melhor obra de Tim Burton, mas ainda assim é acima da média em relação ao que Hollywood produz por aí."

O filme dá ao público muitos motivos para assistí-lo, nem preciso citá-los. Porém, por causa dessa adaptação do classico de Lewis Carroll, vem surgindo uma avalanche de adaptações de livros clássicos infanto-juvenis, e acredite em mim, a maioria parece não ter qualidade. Querem apenas pegar o "embalo" de "Alice". Espero que façam algum que valha pena ser visto. Algum que a história não esteja tão gasta em nossa cultura.

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