"L'Éternité."




De Arthur Rimbaud, escrito em Maio de 1872, o deslumbrante poema "L'Éternité" ( A Eternidade):


"A Eternidade

De novo me invade.
Quem ? -A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.

Alma sentinela,
Ensina-me o jogo
Da noite que gela
E do dia em fogo.

Das lides humanas,
Das palmas e vaias
já te desenganas
E no ar te espraias.

De outra nenhuma,
Brasas de cetim
O Dever se esfuma
Sem dizer: enfim.

Lá não há esperança
E não há futuro.
Ciência e paciência
Suplício seguro.

De novo me invade.
Quem? - A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai."

Tradução de Augusto de Campos.

Sobre Rimbaud;
No drama da diretora Agnieszka Holland de 1995, é contada a história de Arthur Rimbaud (interpretado por Leonardo Di Caprio, de Titanic), “o poeta dos sentidos”, como ficou conhecido, revolucionou a poesia do século XIX e continua influenciando escritores e leitores até hoje.
O filme foca o turbulento período de produção literária de Rimbaud, que coincide com o tempo em que viveu apadrinhado por outro grande poeta, Paul Verlaine de quem supostamente teria sido amante…

Ver mais: aqui, e aqui.

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